Ex-presidente foi condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção e lavagem de dinheiro no caso BR Distribuidora
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O ex-presidente Fernando Collor de Mello deixou a prisão nesta quinta-feira (1º) e passará a cumprir sua pena em regime domiciliar, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi tomada após a defesa do ex-presidente apresentar recursos que questionavam aspectos da condenação.
Collor havia sido preso em 25 de abril de 2025, após o STF determinar o início do cumprimento da pena de 8 anos e 10 meses de reclusão, imposta em maio de 2023 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A condenação está relacionada ao recebimento de R$ 20 milhões em propinas da empresa UTC Engenharia, entre 2010 e 2014, em troca de favorecimento em contratos com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
A decisão de Moraes considerou o tempo já cumprido por Collor e as condições de saúde do ex-presidente, que tem 75 anos, para autorizar a progressão para o regime domiciliar. Com isso, Collor deverá cumprir medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de contato com outros investigados no processo.
A defesa de Collor afirmou que a decisão do STF representa um reconhecimento das condições pessoais do ex-presidente e reiterou que continuará buscando a revisão da condenação.
Com a progressão para o regime domiciliar, Collor se torna o terceiro ex-presidente brasileiro a cumprir pena fora do sistema prisional, após Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer.
