Especialistas analisam repercussão, reincidência e impacto social do caso
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Os ataques homofóbicos da jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira a outras pessoas foi tema do programa ISFM NEWS desta terça-feira (17). Adriana foi presa em flagrante no último sábado (15) após disparar ofensas na cafeteria de um shopping em São Paulo e voltou a cometer atos semelhantes contra outras vítimas em um condomínio na segunda-feira (16).
Durante a edição, o apresentador Paulo Schiff destacou que, independentemente da gravidade do crime, todo acusado tem direito a uma defesa. Segundo ele, “mesmo que o advogado reconheça a culpa do criminoso, ele o defende para que a pena seja justa. A lei determina isso”, pontuou, reforçando a importância do devido processo legal.
O advogado Joaquim Fernandes classificou a jornalista como uma “cliente difícil” e comentou que as imagens registradas no primeiro episódio mostram apenas o momento das ofensas, sem o contexto anterior. Ele criticou a reincidência, afirmando que a repetição dos ataques complica a situação jurídica da acusada.
Fernandes ainda traçou um paralelo entre o comportamento de Adriana e figuras polêmicas da política brasileira, sugerindo que o perfil dela mistura características de Carla Zambelli e Roberto Jefferson. Sobre as consequências legais, o advogado avaliou que a Justiça pode decretar a prisão preventiva com base no conjunto dos casos e ressaltou como os celulares tornaram comuns os flagrantes de condutas inadequadas.
O médico Benjamin Rodriguez Lopez abordou o aspecto social das atitudes da jornalista, dizendo que o mundo mudou e que comentários antes considerados “brincadeiras” não são mais tolerados. Ele lembrou que espaços como o futebol, antigamente marcados por provocações, hoje refletem um cenário mais violento e intolerante.
Para ele, a questão central não está apenas no que se fala, mas na crença equivocada de que se pode expressar qualquer maldade sem consequência. “Para que vou desqualificar o outro se eu estou errado?”, questionou.
Apresentado pelo jornalista Paulo Schiff, o ISFM News é transmitido pela rádio ISFM 100,7, de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30. O programa também pode ser acompanhado pelo canal ISFM no YouTube.
A notícia
A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira voltou a fazer ataques homofóbicos nesta segunda-feira (16), em um condomínio no centro de São Paulo, um dia após deixar a prisão. Ela já havia sido presa em flagrante no sábado (14) por ofensas semelhantes no Shopping Iguatemi.
No primeiro caso, Adriana foi filmada chamando Gabriel Galluzzi Saraiva, de 39 anos, de “bicha nojenta” em uma cafeteria. Ela também o chamou de “assassino”, enquanto era chamada de “imbecil” por ele. Os ataques geraram forte repercussão nas redes sociais.
Após a prisão em flagrante, a jornalista se recusou a colaborar com os trâmites legais, como assinar documentos e realizar a identificação criminal. Mesmo assim, a Justiça concedeu liberdade provisória no domingo (15), com medidas cautelares.
Já em liberdade, Adriana voltou a fazer comentários homofóbicos, agindo com naturalidade e até fazendo piadas durante o novo episódio. As vítimas relataram descaso diante das ofensas, que seguem sendo investigadas pela polícia.
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