Deputada foi detida com apoio da polícia italiana; decisão sobre retorno ao Brasil ou prisão domiciliar será tomada pela Justiça local

Créditos: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29) na Itália, conforme confirmou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Ela foi levada para uma delegacia italiana e, a partir de agora, as autoridades do país europeu têm 48 horas para definir se a parlamentar será extraditada, colocada em prisão domiciliar ou libertada.
A prisão foi resultado de uma operação conjunta entre a Polícia Federal brasileira e a polícia italiana, com apoio da adidância em Roma. Zambelli havia fugido do Brasil após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica.
Segundo a denúncia, a deputada orientou o hacker Walter Delgatti Neto a inserir documentos falsos no sistema do CNJ, incluindo um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Após a condenação, ela deixou o país pela fronteira com a Argentina e passou a viver na Itália, onde possui cidadania.
Desde junho, o nome de Zambelli integra a lista de procurados da Interpol, e sua condenação foi mantida pela 1ª Turma do STF. Além disso, ela é investigada em dois inquéritos sigilosos na Corte: o das fake news e o das milícias digitais, que apuram, respectivamente, a disseminação de notícias falsas e supostas articulações golpistas após as eleições de 2022.