Adolescente de 13 anos não resiste após cinco dias internada; mãe segue hospitalizada e principal suspeita está presa por homicídio duplo
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Na última quarta-feira (16), uma família de Imperatriz, no Maranhão, recebeu um ovo de Páscoa entregue por um motoboy, acompanhado de um bilhete: “Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa”. Sem desconfiar da origem, Mirian, de 38 anos, e seus dois filhos, Luís Fernando, de 7 anos, e Evely Fernanda, de 13, consumiram o chocolate.
Horas depois, os três apresentaram sintomas graves de intoxicação alimentar e foram internados no Hospital Municipal de Imperatriz. Luís Fernando faleceu na madrugada do dia seguinte. Evely permaneceu em estado crítico por cinco dias, vindo a óbito na terça-feira (22) devido a falência múltipla dos órgãos. Mirian segue hospitalizada, com quadro estável e previsão de alta nos próximos dias.
Suspeita de crime passional é presa
As investigações apontam Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, como principal suspeita do envenenamento. Ex-namorada do atual companheiro de Mirian, Jordélia teria agido por ciúmes e vingança. Ela viajou cerca de 400 km de Santa Inês até Imperatriz, disfarçada com peruca e óculos escuros, para adquirir o chocolate. O doce foi entregue à família por um motoboy, que desconhecia o conteúdo.
Jordélia foi presa em flagrante no mesmo dia da morte de Luís Fernando, quando tentava retornar para sua cidade. Com ela, foram encontrados objetos que confirmam o disfarce. Ela confessou ter comprado o ovo, mas nega ter envenenado o alimento. A polícia, no entanto, afirma possuir indícios suficientes para responsabilizá-la pelo crime.
Investigação em andamento
Amostras do chocolate foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística de Imperatriz para análise. O laudo deverá confirmar a presença de substâncias tóxicas no alimento. A polícia trabalha com a hipótese de homicídio qualificado e tentativa de homicídio, além de premeditação.
A tragédia gerou comoção na cidade e nas redes sociais, com pedidos de justiça e solidariedade à família. O caso serve de alerta sobre os perigos de aceitar alimentos de origem desconhecida e a importância de denúncias em casos de ameaças ou perseguições.
