Profissional levou tapa no rosto durante o atendimento e desabafa sobre insegurança em unidades de saúde
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Um caso de agressão dentro da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Luiza, em Franca (SP), revoltou profissionais da área da saúde e reacendeu o debate sobre segurança nas unidades públicas. Na manhã da última segunda-feira (4/8), uma técnica de enfermagem de 25 anos foi atacada por uma paciente de 39 anos durante o expediente. A agressão, registrada por câmeras de segurança, envolveu empurrões, ofensas verbais, tentativa de roubo e um tapa no rosto da vítima.
De acordo com o relato da técnica, o conflito teve origem em um desentendimento anterior, relacionado a dores alegadas pela paciente após uma aplicação intravenosa feita meses antes. Desde então, a profissional vinha evitando atendê-la, solicitando que colegas assumissem os procedimentos. Na data da agressão, ao perceber que a técnica não realizaria o atendimento, a paciente passou a proferir ameaças. A vítima começou a gravar as ofensas com o celular, o que teria intensificado a reação violenta.
Durante o episódio, a paciente tomou o aparelho das mãos da técnica, empurrou a profissional contra a parede e a agrediu com um tapa no rosto. A Polícia Militar foi acionada e conduziu a agressora até a delegacia, mas ela foi liberada em seguida. Segundo a técnica, a mulher chegou a debochar da situação nos corredores da delegacia e ainda fez contato para marcar uma nova consulta na UBS.
A paciente retornou à unidade poucas horas depois e foi atendida normalmente por um dentista, o que gerou ainda mais indignação entre os funcionários da saúde. A ocorrência foi registrada como desacato e vias de fato. A profissional, abalada emocionalmente, está sendo acompanhada por psicólogos e advogados. Em desabafo, afirmou que busca justiça não apenas por si, mas por todos os profissionais da enfermagem vítimas de agressões.
A Prefeitura de Franca divulgou nota repudiando o ocorrido e assegurou que está oferecendo apoio à funcionária. A administração municipal também afirmou que acompanha o caso junto às autoridades e reforçou a necessidade de medidas mais rígidas para proteção dos trabalhadores da saúde.
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