Edson Campolongo, de 68 anos, usou carro oficial em ações de vandalismo

Créditos: Reprodução / Polícia Civil
Edson Aparecido Campolongo, de 68 anos, servidor público da CDHU, foi preso após confessar pelo menos 18 ataques a ônibus na Grande São Paulo. A Polícia Civil o identificou a partir de imagens de segurança que mostravam um carro oficial da companhia nos locais dos crimes.
Campolongo trabalhava como motorista do chefe de gabinete da CDHU e usava o veículo do órgão para se deslocar aos locais dos ataques. Segundo a polícia, ele disse que pretendia “consertar o Brasil” com as ações e reconheceu ter cometido um erro.
Os ataques ocorreram principalmente em São Bernardo do Campo, mas também foram registrados em Osasco e na zona sul da capital. A polícia encontrou na casa do servidor bolas de aço, estilingues e pedras usadas nas ações, além de imagens dele lançando coquetel molotov.
A investigação apontou que os atos foram planejados. O carro utilizado, um Volkswagen Virtus branco, teve o vidro traseiro quebrado e substituído, o que ajudou na identificação. As câmeras de segurança também captaram a jaqueta usada por Edson em diversas cenas dos crimes.
Além de Edson, seu irmão, Sérgio Aparecido Campolongo, de 56 anos, foi identificado como cúmplice em pelo menos dois ataques e teve a prisão preventiva decretada. Após ficar foragido, ele se entregou à polícia nesta quarta-feira (23).
Apesar da confissão, a polícia não acredita que haja motivação política organizada por trás dos atos. Edson mantinha publicações nas redes sociais com críticas a Lula e ao STF, mas, segundo as autoridades, não tem vínculos com partidos ou grupos extremistas.
Na CDHU, a prisão causou surpresa e consternação. O chefe de gabinete, para quem Edson trabalhava diretamente, chorou ao saber do envolvimento do motorista. O delegado Domingos Paulo Neto afirmou que, diferente de outros presos, Edson agiu repetidamente e com intenção clara.