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PMs presos por execução de morador de rua em SP são flagrados mentindo em depoimento

Imagens de câmeras corporais mostram que Jeferson de Souza, de 23 anos, estava rendido e desarmado no momento em que foi morto com três tiros de fuzil

Créditos arquivo pessoal

Dois policiais militares do 7° Batalhão da Força Tática foram presos pela Corregedoria da PM, acusados de executar Jeferson de Souza, de 23 anos, no Viaduto 25 de Março, no Centro de São Paulo, em 13 de junho. Segundo a decisão judicial, a vítima já estava rendida quando levou três tiros de fuzil, sendo um deles na cabeça. Um dos agentes ainda tentou encobrir a lente da câmera corporal para impedir o registro da ação.

Os PMs Alan Wallace dos Santos Moreira, tenente, e Danilo Gehring, soldado, disseram que Jeferson tentou tomar a arma de um deles e que era procurado por estupro e agressão. Porém, imagens obtidas pela TV Globo mostram o homem desarmado, acuado, chorando com as mãos para trás e sem oferecer ameaça. Ele foi revistado por seis policiais, levado para trás de uma pilastra e obrigado a se virar de costas antes de ser atingido.

Após o crime, os policiais não apresentaram documentos para comprovar a identidade ou o suposto histórico criminal. Dois meses depois, a Polícia Civil ainda não confirmou antecedentes nem conseguiu identificá-lo pelas digitais.

A defesa do tenente Alan alega legítima defesa. A do soldado Danilo não foi localizada. A Secretaria da Segurança Pública afirmou repudiar a conduta e informou que a Corregedoria apura o caso.

O Ministério dos Direitos Humanos lamentou o assassinato, disse que Jeferson frequentava o Ponto de Apoio da Rua (PAR) e reafirmou o compromisso de combater a violência institucional contra a população em situação de rua.

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