Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Oposição encerra ocupação no Senado após 47 horas e viabiliza retomada dos trabalhos

Movimento liderado por senadores bolsonaristas é encerrado antes de sessão deliberativa marcada por Alcolumbre; pauta incluiu cobrança por impeachment de Moraes

Créditos: Carlos Moura/Agência Senado

Após pouco mais de 47 horas de ocupação, parlamentares da oposição desocuparam na manhã desta quinta-feira (7) o plenário do Senado Federal. A decisão ocorreu pouco antes do horário previsto para a realização de uma sessão deliberativa marcada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP).

A liberação do espaço aconteceu após reuniões internas entre integrantes da oposição e um encontro com o presidente do Senado, na noite anterior. A desocupação foi anunciada como um gesto político em favor da retomada da normalidade institucional.

Durante os dois dias de protesto, senadores da oposição cobraram abertura de diálogo com a Presidência da Casa. O grupo havia se queixado publicamente da ausência de comunicação com Alcolumbre. Na quarta-feira (6), o presidente do Senado se reuniu separadamente com os parlamentares oposicionistas e, segundo relatos, comprometeu-se a levar as demandas do grupo para discussão junto aos líderes partidários.

Pouco após a liberação do plenário, os senadores aprovaram um projeto que atualiza a tabela mensal do Imposto de Renda para Pessoa Física, mantendo a isenção para rendimentos de até dois salários mínimos. O texto já havia sido aprovado na Câmara e segue para sanção presidencial.

No centro das reivindicações da oposição estavam três pautas principais: o perdão aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, o fim do foro privilegiado e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Como parte dessa mobilização, os senadores oposicionistas reuniram 41 assinaturas em um ofício que solicita celeridade na análise do pedido de afastamento do ministro.

Antes da decisão pela desocupação, aliados de Alcolumbre chegaram a cogitar a realização da sessão em um espaço alternativo conhecido como “bunker” — uma área no Prodasen usada durante a pandemia —, medida que foi descartada com a liberação do plenário.

A Câmara dos Deputados, por sua vez, já havia retomado seus trabalhos na noite de quarta-feira, após episódios de confronto simbólico entre governo e oposição e negociações conduzidas pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Compartilhe:
Publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *