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Moraes decreta prisão domiciliar de Bolsonaro

Ex-presidente é acusado de usar redes sociais dos filhos para driblar restrições

Créditos: Antonio Augusto / STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (4), após concluir que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares. A decisão veio após publicações nas redes sociais de seus filhos.

Segundo Moraes, Bolsonaro utilizou os perfis de aliados e parlamentares da própria família para divulgar mensagens com incentivo a ataques ao STF e apoio à intervenção estrangeira no Judiciário. Para o ministro, a conduta representa burla intencional às restrições.

Entre as novas medidas estão o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de visitas exceto por familiares próximos e advogados, além do recolhimento de todos os celulares encontrados em sua residência. A decisão também veta qualquer interação online.

Moraes destacou que as restrições anteriores, como a proibição do uso direto das redes sociais e do contato com outros investigados, foram sistematicamente desrespeitadas. A decisão reforça a “necessidade de medidas mais gravosas” para conter novas violações.

O ministro apontou que Bolsonaro manteve influência ativa no debate digital ao produzir conteúdo para que fosse publicado por terceiros. Para Moraes, essa estratégia configurou desobediência deliberada das decisões do STF.

A gota d’água foi um vídeo postado neste domingo (3) pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em que Jair Bolsonaro aparece mandando mensagem aos apoiadores durante ato no Rio. O vídeo foi apagado horas depois, mas serviu de base para a nova decisão.

Além da gravação, Flávio colocou o pai no viva-voz para falar à multidão em Copacabana. “É pela nossa liberdade. Estamos juntos”, disse Bolsonaro na ligação. Moraes entendeu que a atuação reforçou sua influência sobre atos políticos, mesmo em silêncio oficial.

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