ISFM NEWS aborda as ameaças do presidente Donald Trump ao líder do Irã, Ali Khamenei

Especialistas analisaram a atuação dos países e a normalização das guerras modernas

Créditos: Creative Commons

O programa ISFM NEWS desta quarta-feira (18) abordou as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a participação do país norte-americano na guerra que envolve Israel e Irã. Trump ameaçou o líder iraniano, Ali Khamenei, e exigiu rendição total nos conflitos que foram iniciados nas últimas semanas.

O engenheiro Antonio Carlos Gonçalves avaliou que há um movimento interno no Irã para a retirada do aiatolá, o que contribui para uma “tranquilidade” momentânea no avanço do conflito. Segundo ele, mesmo diante do sofrimento, a população iraniana deseja a substituição da liderança atual, enquanto grandes potências como China, Rússia e Estados Unidos observam e se alternam em movimentos estratégicos como num jogo de pôquer.

Antonio Carlos também refletiu sobre a mudança na natureza das guerras modernas. Para ele, conflitos armados como os do século passado dificilmente se repetirão da mesma forma, já que hoje se vive uma realidade de guerra cibernética e biológica. Em sua análise, a maior ameaça contemporânea pode estar no sistema bancário, pois se hackers invadirem e apagarem dados financeiros, o colapso seria imediato.

O engenheiro ainda comentou que se impressionou ao ver, nos noticiários, um míssil atingir precisamente a sede da emissora Al Jazeera, o que, em suas palavras, transforma o cenário em “um grande WAR”. Ele destacou ainda o peso econômico da guerra para países com forte indústria bélica, e questionou qual seria o limite para esse tipo de conflito.

O advogado Marcelo Pavão apontou que Donald Trump enfrenta sérios desafios diante do atual cenário geopolítico. Segundo ele, o ex-presidente norte-americano havia prometido encerrar a guerra na Ucrânia em dois dias, mas agora se vê diante de três guerras em curso que ignoram os Estados Unidos, com reflexos de insegurança até mesmo na Europa.

Pavão também mencionou que países como a Coreia do Norte e a China não têm interesse em destruição direta, mas sim em dinheiro e informações. Para ele, o mundo assiste a tudo de forma passiva, e a percepção do conflito acaba sendo distorcida pela forma como é transmitida, como se fosse um videogame, ainda que envolva a destruição de cidades e o sofrimento de civis.

Ainda segundo Pavão, a banalização da violência é um fenômeno atual. Ele comentou que caso a guerra termine, o ministro israelense será preso imediatamente, o que demonstra o caos político por trás das ofensivas. O advogado afirmou que a sociedade vive um “multiverso da loucura”, com redes sociais que potencializam a disseminação de maldades e crimes.

Apresentado pelo jornalista Paulo Schiff, o ISFM News é transmitido pela rádio ISFM 100,7, de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30. O programa também pode ser acompanhado pelo canal ISFM no YouTube.

A notícia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu na última terça-feira (17) a “rendição incondicional” do Irã e fez ameaças diretas ao líder Ali Khamenei, a quem chamou de “alvo fácil”. As declarações vieram após ele deixar antecipadamente a cúpula do G7, aumentando a tensão no Oriente Médio.

Trump afirmou que os americanos “sabem onde ele está”, em referência ao aiatolá, e que não pretendem matá-lo “ao menos por enquanto”. Também declarou que sua paciência está “chegando ao fim” e advertiu que o Irã não deve atacar civis ou militares dos Estados Unidos.

As falas do presidente americano surgem em um momento de preocupação internacional sobre o risco de ampliação do conflito iniciado com o ataque surpresa de Israel ao Irã. O temor é que o embate possa se transformar em uma guerra de grandes proporções na região.

Apesar dos avanços iniciais de Israel, analistas consideram improvável que o país consiga destruir as instalações nucleares iranianas sem o apoio dos EUA. Isso porque apenas os americanos teriam armamento suficiente para atingir a usina subterrânea de Fordow, usada para enriquecimento de urânio.

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