Quadrilha criava páginas idênticas à oficial para aplicar golpe em candidatos; PF cumpre mandados no RJ e SP
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Mais de 35 mil estudantes foram vítimas de um golpe envolvendo inscrições falsas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A fraude rendeu cerca de R$ 3 milhões a uma quadrilha investigada pela Polícia Federal, que deflagrou nesta quinta-feira (10) a Operação “Só Oficial” para desarticular o esquema.
A investigação teve início após relatos de estudantes que, mesmo após efetuarem o pagamento da taxa de inscrição de R$ 85, não constavam como inscritos no sistema do Inep, órgão responsável pela prova. A PF descobriu que os golpistas criaram ao menos quatro sites falsos, visualmente idênticos à Página do Participante do Enem, induzindo os candidatos ao erro.
Os portais simulavam o processo oficial de inscrição, exigindo dados pessoais como CPF e informações escolares. Ao final, geravam boletos ou chaves Pix que redirecionavam os pagamentos às contas da quadrilha, sem qualquer vínculo com o Inep. O golpe era divulgado por meio de anúncios patrocinados nas redes sociais e compartilhamentos em aplicativos de mensagens.
Com os pagamentos indo direto para os criminosos, os estudantes acreditavam estar inscritos, mas acabavam perdendo a chance de realizar a prova. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
A Polícia Federal alerta que a inscrição no Enem deve ser feita exclusivamente pelo site oficial do Inep: enem.inep.gov.br/participante, acessado com login da conta gov.br. O Ministério da Educação reforça que é essencial verificar o endereço eletrônico e desconfiar de links fora dos canais oficiais.
Os investigados poderão responder por estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.
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