Alcance de 41 adesões eleva pressão sobre Alcolumbre para análise de denúncia contra ministro do STF
Créditos: Mário Agra/Câmara dos Deputados
Parlamentares da oposição alcançaram nesta quinta-feira (7/8) o número mínimo de 41 assinaturas exigidas para apresentar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Senado Federal. A movimentação é liderada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e intensifica a ofensiva política contra o magistrado, apontado como alvo prioritário dos opositores.
A 41ª assinatura foi confirmada com o apoio do senador Laércio Oliveira (PP-SE). Com isso, os parlamentares bolsonaristas consideram atingido o quórum necessário para a admissibilidade da denúncia, etapa inicial do processo. No entanto, a tramitação ainda depende de decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a quem cabe receber formalmente a peça e dar ou não continuidade ao processo.
Caso o pedido seja aceito, será instalada uma Comissão Especial para analisar o mérito da denúncia. O rito prevê um parecer inicial aprovado por maioria simples, seguido de um prazo para defesa do ministro. Se o relatório final da comissão for favorável à abertura do processo, Moraes poderá ser afastado de suas funções. A decisão final, no entanto, dependeria do voto de ao menos dois terços do Senado — o equivalente a 54 parlamentares.
Durante entrevista coletiva, integrantes da oposição classificaram o episódio como um marco na trajetória institucional recente e prometeram manter a mobilização. Eles afirmam que a ofensiva representa uma resposta à atuação de Moraes no STF, especialmente nos casos envolvendo aliados de Bolsonaro.
O cenário amplia a tensão entre os Poderes e reacende o debate sobre os limites da atuação do Judiciário em temas de natureza política.
Confira o post de Nikolas Ferreira:
