Matheus Simões exaltou crescimento do agro mineiro, defendeu avanços na genética e comentou cenário internacional de exportações

O vice-governador de Minas Gerais, Matheus Simões, esteve nesta sexta-feira (2) em Uberaba para acompanhar o penúltimo dia da 90ª ExpoZebu. Acompanhado pelo presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid, Simões percorreu a área de exposição da feira e assistiu a julgamentos de raças zebuínas, como o Gir Leiteiro, reforçando o protagonismo mineiro no setor.
Durante coletiva de imprensa, o vice-governador afirmou que a ExpoZebu é “motivo de orgulho renovado” a cada edição, destacando os resultados expressivos deste ano: 20% a mais de animais e 16% de aumento no volume negociado em leilões. Ele exaltou a importância da feira para o fortalecimento da pecuária nacional e o papel de Uberaba como referência em genética bovina. “Uberaba é a sede da genética da carne no Brasil”, disse.
Simões ressaltou ainda que o agronegócio já representa 24% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas, se equiparando à mineração. “A mineração não encolheu. Foi o agro que cresceu, e tem potencial para crescer mais, especialmente com o avanço da genética”, declarou. Segundo ele, o estado possui cerca de 380 mil propriedades com criação de gado, sendo 240 mil voltadas à produção leiteira, o que representa mais de 350 mil famílias envolvidas diretamente no setor.
Ao comentar sobre a recente conquista do status de área livre de febre aftosa sem vacinação, reconhecido pelo Ministério da Agricultura, o vice-governador enfatizou os benefícios econômicos para os produtores e o potencial competitivo que Minas Gerais passa a ter no mercado internacional. “Economizamos mais de R$ 700 milhões por ano com o fim da vacinação dupla”, afirmou.
Por fim, Simões abordou a possibilidade de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Apesar da preocupação com o acirramento comercial, ele vê oportunidades. “Os EUA não são nosso principal comprador de carne. Isso pode abrir mercados que hoje consomem produtos americanos para receberem os nossos. Temos mais oportunidades do que riscos”, avaliou.