Conflitos por terra mobilizam Comissão de Direitos Humanos em Uberlândia

Audiência pública busca soluções para disputas socioterritoriais no Triângulo Mineiro.

No campus da UFU, comissão discute com lideranças e autoridades os conflitos fundiários no Triângulo Mineiro (Foto: Guilherme Dardanhan/Arquivo ALMG)

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza, nesta segunda-feira (28/4/25), uma audiência pública em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para discutir os conflitos socioterritoriais da região. A reunião ocorrerá às 14h no anfiteatro 5R A/B do campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

O debate foi solicitado pela deputada Bella Gonçalves (Psol), presidenta da comissão, e também abordará ameaças a defensores de direitos humanos. A parlamentar destacou que a iniciativa visa avançar a regularização fundiária de acampamentos e assentamentos e enfrentar a violência no campo.

Entre os episódios recentes que ilustram o cenário de tensão, está o assassinato de Robinson dos Santos Guedes, conhecido como “Bob”, de 62 anos. Ele foi baleado na cabeça em 7 de março, no Assentamento Dom José Mauro, próximo ao Distrito de Miraporanga, em Uberlândia. A Polícia Militar apurou que o crime foi motivado por disputa de terras.

“A audiência de Uberlândia vai discutir com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) o avanço da regularização de territórios e a violência no campo”, afirmou Bella Gonçalves.

Além do Incra e do MDA, foram convidados representantes do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, da Comissão de Solução de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), do Centro de Apoio Operacional de Conflitos Agrários do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), do Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos e da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa de Uberlândia.

Também participarão lideranças de movimentos sociais pela reforma agrária, como Rosa Marta de Souza, Eliana de Lima Teófilo e Cleiciane Wellingta Ferreira, além da deputada federal Dandara Tonantzin Silva Castro (PT-MG).

O objetivo central da audiência é pressionar por maior acompanhamento dos territórios em disputa, monitoramento da violência rural e agilidade nos processos de reforma agrária.

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