China dá rasteira na Boeing: sanções de Pequim derrubam 25% das vendas globais da gigante americana

Trump bate de frente com China e abre espaço para Embraer

Créditos: Reprodução ISN Online

A crise comercial entre China e Estados Unidos ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (15), com reflexos imediatos no setor aéreo internacional. Em retaliação às tarifas de 145% impostas por Washington sobre produtos chineses, Pequim teria ordenado que suas companhias aéreas suspendam a compra de jatos da Boeing, segundo informações da Bloomberg. A decisão fez as ações da fabricante americana caírem mais de 2% no pregão.

Embora o governo chinês não tenha confirmado oficialmente a suspensão, a medida é interpretada como um recado direto ao presidente americano Donald Trump, que vê a Boeing como símbolo estratégico da economia dos EUA. A empresa, aliás, tem na China um dos seus maiores mercados em crescimento, dominado atualmente pela europeia Airbus.

Destaque no ISFM News

Durante o programa ISFM News desta quarta-feira (16), o jornalista Paulo Schiff classificou o episódio como “um ponto sensível para Trump e para a economia dos Estados Unidos”. Já o advogado e comentarista Luciano Cassione questionou se “Trump está sendo imprudente ou estrategista”, ao criar um cenário que pode beneficiar rivais diretos da Boeing, como Airbus e Embraer.

Brasil exaltado

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, evitou confirmar a suspensão, mas aproveitou para exaltar o Brasil como “um importante país da aviação”. Ele afirmou que a China valoriza a “cooperação prática” com o Brasil em diversos setores, inclusive o aeronáutico, o que foi visto como um aceno direto à Embraer.

Como o mercado reagiu?

A Embraer, por sinal, foi destaque no mercado financeiro. Suas ações (EMBR3) subiram 3,06% na terça-feira (15), fechando a R$ 64,65, impulsionadas pela expectativa de que a fabricante brasileira possa ganhar espaço no mercado chinês com o possível afastamento da Boeing. Enquanto isso, os papéis da Airbus Group recuaram 1,02%, encerrando o dia seguinte a R$ 139,52.

A tensão entre as duas maiores economias do mundo também deve impactar a manutenção de aeronaves americanas já em operação na China. Com a nova tarifa, peças e componentes ficarão mais caros, o que pode acelerar a busca por alternativas no mercado, incluindo empresas brasileiras.

A movimentação ocorre em um momento em que o setor aéreo tenta se reerguer após os impactos da pandemia e enfrenta desafios geopolíticos crescentes. Entre os analistas, a leitura é que o Brasil pode se beneficiar — mas desde que haja uma política externa atenta e estratégica.

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