Cobertura vacinal em crianças em Uberaba está abaixo da meta; adultos também precisam se imunizar, alerta referência técnica municipal

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) ampliou as ações de prevenção e controle da febre amarela diante do aumento de casos registrados em 2025. Até 30 de junho, foram confirmados 14 casos da doença, todos no Sul de Minas, resultando em cinco óbitos de pessoas não vacinadas. O avanço da doença acendeu um alerta em todo o estado, especialmente neste mês de férias, quando aumenta o deslocamento de pessoas e o risco para não vacinados.
De acordo com a referência técnica em vacinação da Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba, Priscilla Amaral, a cobertura vacinal em crianças até um ano de idade está em torno de 80% na cidade, índice considerado abaixo da meta. Entre os adultos, a imunização é ainda menor. “Fica o nosso chamado para quem ainda não se imunizou: é uma dose só, uma vez na vida. Quem ainda não tomou, que procure a unidade de saúde mais próxima para se proteger. É fundamental garantir que a doença não chegue ao nosso município”, orientou Priscilla.
Em Minas Gerais, a vacina está disponível nos 853 municípios e é recomendada para pessoas entre 9 meses e 59 anos. A cobertura vacinal para crianças menores de 1 ano no estado está em 87,63%, mas a meta é chegar a 95%. A SES-MG reforçou que intensificará as estratégias nos próximos meses para ampliar a proteção, destacando que a vacina é segura, eficaz e a principal forma de prevenção.
Além do monitoramento contínuo de casos humanos e mortes de primatas, a SES-MG investiu mais de R$ 265 milhões em ações de vacinação, campanhas educativas, equipes especializadas e veículos adaptados para ampliar o acesso à imunização, incluindo áreas de difícil acesso. O trabalho de vigilância ativa e rápida resposta epidemiológica também foi fortalecido para conter a circulação do vírus.
A orientação das autoridades de saúde é clara: quem ainda não se vacinou contra a febre amarela deve procurar o serviço de saúde o quanto antes, sobretudo antes de viagens para regiões de risco. Pessoas com 60 anos ou mais devem passar por avaliação médica antes da imunização.